sábado, 19 de janeiro de 2013

CARTA QUEIMADA



Escrevi-te uma carta de amor,
que guardei durante anos.
Fiz dela um pergaminho,
onde escrevi e desenhei nossos momentos de amor,
sabiamente pintados com a tinta do luar que nos acobertava
e escrito com lágrimas da lua que em cada despedida chorava.
Nela marquei fortes sentimentos e todo o meu sentir.
Ali, desnudei a alma e escrevi.
Aquilo que só os olhos gritavam e a distância separava.
A ansiedade do meu viver.
Li e reli a carta há muito guardada,
chorei...
O sono chegou e o sonho acabou,
uma corrente de tristeza invadiu-me.
Senti um vazio na alma,
porque hoje...
Hoje queimei-a,
queimei aquela carta que zelosamente
guardei durante anos.
Dela restaram apenas cinzas...
queimei palavras de amor há tanto
guardadas...

Quando leres estas palavras,
lembra-te que o amor não morreu.
Se a fénix renasceu das cinzas,
o meu amor por ti apenas se multiplicou.
As letras que queimei juntaram-se na alma
perpetuando-se no tempo
onde nos amaremos como da primeira vez.

(Espírito Cintilante)

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