O fumo molda-se-me aos dedos,
Um espaço vazio,
Silhuetas ensombradas,
Contínuas, descompassadas,
Que o ar engole…
...
Um espaço vazio,
Silhuetas ensombradas,
Contínuas, descompassadas,
Que o ar engole…
...
Vou-te moldando o rosto,
No estrangular da garganta,
A lágrima é água pura,
Com que te moldo no barro,
És-me … sem o saber,
Silêncio do sorriso espelhado,
O cristal colorido do vitral,
A cegueira do acordar,
Na cama vazia,
No lençol desalinhado,
No fulgor inquieto,
Do sonho cinzento,
Que paira no ar,
Quero-te…
Nas vestes do silêncio,
Despindo-me a alma!
Disseste que vinhas,
E só vejo espelhos de ti,
Nas paredes do quarto,
Entre o Querer e o Ser sem saber,
A cama vazia…
E eu acordada!
(C.C.)
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