Na serenidade dos rios que enlouquecem -
...
O tempo passou por nós, não vês?
Crescemos, tornámo-nos tristes.
No fundo, crescemos.
Perdemos as brincadeiras,
Os sentimentos sem sentido.
Perdemos a inocência,
A leveza das palavras
Que teimámos tantas vezes
Em esconder.
Não existem culpados,
Mas sentimos no nosso corpo
O ardor dos cactos,
Quando as lágrimas,
Queimando o rosto,
Caem desamparadas no chão.
Não há súplica que ecoe
Nos tempos de vidro,
Nas noites de metal,
Que nos ferem o peito.
Venho para dizer-te,
Que já não tenho endereço,
Que já não tenho idade,
Que este já não é o corpo
Onde tantas vezes te escondias.
Crescemos, tornámo-nos tristes.
No fundo, crescemos.
Perdemos as brincadeiras,
Os sentimentos sem sentido.
Perdemos a inocência,
A leveza das palavras
Que teimámos tantas vezes
Em esconder.
Não existem culpados,
Mas sentimos no nosso corpo
O ardor dos cactos,
Quando as lágrimas,
Queimando o rosto,
Caem desamparadas no chão.
Não há súplica que ecoe
Nos tempos de vidro,
Nas noites de metal,
Que nos ferem o peito.
Venho para dizer-te,
Que já não tenho endereço,
Que já não tenho idade,
Que este já não é o corpo
Onde tantas vezes te escondias.
(Paulo Eduardo Campos)
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