terça-feira, 9 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
AMAR O TEU CORPO
Amar o teu corpo,
Neste vôo de sedes que me aquece,
Como franjas ondulantes do céu,
... Varrendo-se entre nuvens bradas,
Vertendo-se nas curvas fundas do horizonte.
Ah... meu ser louco, saltitante...
Quero sentir a firmeza nua da madrugada,
Afluir ao sabor intenso das aureolas de sol,
Sentir a dor planar nos seus labirintos de prazer,
Meu corpo a queimar o teu
E acrescentar-se de mar, na sua vastidão escaldante.
Amar o teu corpo,
Na cintilação ardente da emoção
E acasalar ternuras em uníssono.
Os lábios trouxeram aos beijos,
Alvos de silêncio, palpitantes
E nuas sombras dos olhares,
Caindo como luas apressadas...
E as mãos laborando à escultura,
Uma infinidade de sobressaltos.
A terra respira pela penetração do sol,
Soluça com suaves melodias,
No seu esplendor de corpo cintilante.
Amar o teu corpo,
Com a sede fria do pensamento,
E esbanjar esta irreprimível lucidez do desejo.
(João Lopes)
Neste vôo de sedes que me aquece,
Como franjas ondulantes do céu,
... Varrendo-se entre nuvens bradas,
Vertendo-se nas curvas fundas do horizonte.
Ah... meu ser louco, saltitante...
Quero sentir a firmeza nua da madrugada,
Afluir ao sabor intenso das aureolas de sol,
Sentir a dor planar nos seus labirintos de prazer,
Meu corpo a queimar o teu
E acrescentar-se de mar, na sua vastidão escaldante.
Amar o teu corpo,
Na cintilação ardente da emoção
E acasalar ternuras em uníssono.
Os lábios trouxeram aos beijos,
Alvos de silêncio, palpitantes
E nuas sombras dos olhares,
Caindo como luas apressadas...
E as mãos laborando à escultura,
Uma infinidade de sobressaltos.
A terra respira pela penetração do sol,
Soluça com suaves melodias,
No seu esplendor de corpo cintilante.
Amar o teu corpo,
Com a sede fria do pensamento,
E esbanjar esta irreprimível lucidez do desejo.
(João Lopes)
PODIA SER...
Podia ser uma cama aberta no horizonte
e os teus cabelos num poente incendiado.
...
Podia ser o teu sexo num cume de monte,
e os teus seios despidos sobre este prado.
A mão que esconde mais do que oferece,
os olhos de presa dominando o caçador.
E os teus lábios que murmuram a prece
de quem só reza no instante do amor.
E se falasse dos teus olhos, dos teus braços
desse corpo em que me perco e te ganho,
não mais acabaria o que tem de acabar;
uma respiração de suspiros e de abraços
neste canto em que és tudo o que eu tenho,
nesta viagem em que não tem fundo o mar.
(Nuno Júdice)
e os teus cabelos num poente incendiado.
...
Podia ser o teu sexo num cume de monte,
e os teus seios despidos sobre este prado.
A mão que esconde mais do que oferece,
os olhos de presa dominando o caçador.
E os teus lábios que murmuram a prece
de quem só reza no instante do amor.
E se falasse dos teus olhos, dos teus braços
desse corpo em que me perco e te ganho,
não mais acabaria o que tem de acabar;
uma respiração de suspiros e de abraços
neste canto em que és tudo o que eu tenho,
nesta viagem em que não tem fundo o mar.
(Nuno Júdice)
A MEU FAVOR
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
... Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
(Alexandre O' Neil) in POESIAS COMPLETAS 1951/1986 (INCM, 3ª ed., 1995)
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
... Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
(Alexandre O' Neil) in POESIAS COMPLETAS 1951/1986 (INCM, 3ª ed., 1995)
FALTAS-ME...
sonho
palavras
soltas
perfeitas
... envoltas
em ti
olhos
serenos
cabelos
morenos
e
tu
longe de mim
hoje
chove
o cabelo escorre
estou
encharcada
de nada
o sol
não
me ouve
o
vento
foge
faltas-me
tu
e
o
teu
aconchego
( Magá Figueiredo)
Dir. Reg. IGACVer
palavras
soltas
perfeitas
... envoltas
em ti
olhos
serenos
cabelos
morenos
e
tu
longe de mim
hoje
chove
o cabelo escorre
estou
encharcada
de nada
o sol
não
me ouve
o
vento
foge
faltas-me
tu
e
o
teu
aconchego
( Magá Figueiredo)
Dir. Reg. IGACVer
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